Acordo reduz em 160 mil reais custeio mensal do Hospital São José, em Ilhéus

 

Cardápio mais variado, planejamento eficiente para evitar desperdícios, maior agilidade no preparo do alimento, mais autonomia para a equipe de nutricionistas, melhor controle dos processos de compra e estocagem de material.  Estes são ingredientes invisíveis mas que estão presentes em cada uma das 600 refeições servidas diariamente no Hospital São José a pacientes, acompanhantes e funcionários desde que a unidade terceirizou sua cozinha. As melhorias – atestadas em pesquisas - ainda significaram uma redução de custeio na ordem de R$ 160 mil por mês, dinheiro que segundo o diretor administrativo do hospital, Zenaldo Prudente, tem sido aplicado na compra de material de uso hospitalar e medicamentos.

“Digo com certeza que a nova aplicação destes recursos, proporcionada pela folga no orçamento, significou uma redução de 99% nos problemas de falta de material e medicamento no nosso hospital”, constata o diretor ao avaliar o resultado da terceirização. Entidade filantrópica mantida pela Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, o Hospital São José celebrou em dezembro de 2011 convênios com a Bahia Mineração que resultaram em investimentos da empresa na unidade que somam, até aqui, R$ 1,648 milhões de um contrato global na ordem de R$ 2 milhões. O Hospital São José é especializado em obstetrícia e 60% do seu público é atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento na unidade hospitalar faz parte da gama de ações sociais que a mineradora trouxe para Ilhéus desde que se instalou na cidade, em 2008, com o intuito de operar um terminal privativo no Complexo Porto Sul, empreendimento que ainda se encontra em fase de licenciamento ambiental.

Ainda em dezembro, a mineradora arcou com os custos de parcelas indenizatórias e de passivos trabalhistas da equipe que até então trabalhava na cozinha do hospital. Vinte de um total de 37 destes trabalhadores foram integrados à equipe da Alquimia, empresa contratada por R$ 85 mil por mês para gerir a cozinha do hospital e servir as refeições para funcionários, pacientes e acompanhantes. Esta etapa consumiu R$ 445.188.

Outro investimento da Bamin no Hospital São José é a reforma do Pronto Atendimento. Orçada em R$ 655 mil, a intervenção começou a ser realizada no último dia 23 com previsão de conclusão para final do próximo mês de novembro. Ao final das obras, o setor terá sua capacidade de atendimento ampliada em até 30%. Até o início da reforma, de acordo com o diretor administrativo do hospital, o Pronto Atendimento realizava uma média de 100 atendimentos por dia.

Aprovação - Nutricionista da Alquimia, empresa que executa os serviços de cozinha do Hospital São José, Érica Lima dos Santos atesta que a eficiência na gestão do serviço se reflete positivamente na produção e na qualidade das refeições servidas a funcionários, pacientes e acompanhantes. Ela conta que o desperdício diminuiu na mesma proporção em que a qualidade aumentou. Diariamente, cada paciente ou funcionário do hospital tem direito a recebe até seis refeições por dia, incluindo os lanches entre o café, almoço e jantar e a ceia.

Pesquisas de satisfação feitas mensalmente pela gestão do hospital entre seus colaboradores e pacientes indicam a aprovação da qualidade das refeições ali servidas. O último levantamento, referente a julho de 2012, indica que 54% dos pacientes SUS consideraram como bom o sabor a refeição, enquanto outros 44% consideraram regular e apenas 1% como ruim. O mesmo universo – pacientes SUS – respondeu ainda sobre temperatura, quantidade, aspecto visual, higiene e horários em que as refeições são servidas. Em todos estes aspectos, a aprovação como bom superou índices de 70%.

Os mesmos critérios também foram avaliados pelos pacientes de convênios ou particulares. A maioria aprovou como bom o sabor da refeição (58%), a temperatura (71%), a quantidade (83%), aspecto visual (58%), higiene (100%) e horários das refeições (63%). Já entre os funcionários a pesquisa trabalhou com conceitos de “muito satisfeito”, “satisfeito”, “insatisfeito” e “muito insatisfeito”. O item variedade do cardápio somou 78% entre “satisfeito” e “muito satisfeito”. Sobre o aroma da refeição, 70% dos funcionários optaram por “satisfeito” ou “muito satisfeito”. Terceiro ponto analisado foi o de limpeza do ambiente do refeitório, que teve 95% de aprovação (“satisfeito” e “muito satisfeito”).